Aquela Vaca!
Saindo apresssada da toillete, embarassada pela sujeira que havia feito, senti o muco dos olhos que me acompanhavam escorrer pela coxa. Desatoxei a calcinha por pura crueldade e deixei aquele pardieiro, feliz em constatar a eficácia das minhas ferramentas.
Ao cruzar a grade de saída, o gorila da porta me passou um bilhetinho e um sorriso de cumplicidade como quem diz: "tô sabendo, mas essa vez passa...". Piso firme na calçada, me equilibrando nos saltos enquanto afasto o cabelo para ver se ouço o canto do realejo: nada.
Sozinha na calçada, sozinha na noite, sozinha na cidade, sozinha no mundo. Surge um letreiro e entram os créditos. A trilha sonora é alguma coisa entre o Genival Lacerda e o Stomp.
Algumas horas depois, o faxineiro do putero vai ao telefone aflito. Quando chega a polícia já é dia, e o sangue seco da loura do banheiro traz também as primeiras moscas da manhã.
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