No campo.
Um lindo campo de aragens mansas. O Sol doirando dulcemente os matizes, sutis-verdes, de um gramado macio, viçoso.
E até flores! Mil cores de pétalas ponteando o manto esmeralda. Umas brincando de pêndulo com a brisa. Outras, borboletas.
Uma coleira de couro jaz a meus pés. Mas não é minha.
Uma lebre saltita mato afora. Mas não é minha.
De algum lugar, sei do meu dever. Sei que devaneio, e vou atrás dela.
Quase alcançando... o verde desvanesce.
Na latrina.
Outrora verdes campos se refazem em gorfo úmido, vicioso. Fragrância fina da pústula. Por todos os lados, o que eram flores agora eram só caco orgânico e mosca. E eu.
Me levanto tentando espantar uma nuvem de percepção inventada que se formou ao redor da cabeça.
UI! A cabeça, o teto: mais dor.
Entre praguejares, uma melodia se assobia. Depois da parede, esperança.
(c'estnefinitepas, tá ligado?)
Telônios
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