Duas noites iguais em seus termos mais elementares.
Uma noite dupla, só podia mesmo desembocar em um dia duplo. Entra uma, sai outro. Entre uma e outro, reside o problema.
Pobrema dupro!
Dois casais ocupavam o Possante:
ele e ela, eu e um contrabaixo contra mim.
O baixo roncava alto e ocupava sete oitavos do banco de trás. Me conformei com meu oitavo, moído.
Íamos, os três, deixar a moça em casa.
Fomos.
Despertei com a sogra do rapaz rebocando corpo molambento e ébrio do próprio prá fora do bólido. Sacudindo pelo colarinho, feito fantoche.
A boa senhora distribuia tabefes e bolachas a esmo. Afinei, me encolhi no banco de trás e fiz cara de trompa.
Em vão.
Quando se saciou de esbofetear o mocinho, me ofereceu também um par de sardinhas e pôs todo mundo prá dentro. Serviu biscoitos e bolachas. Cafezinho.
Proseemos manhã adentro.
A sogra do outro fez-se um doce, arependida? Envergonhada?
A visitas se envergonhando sem saber; era madrugada de noite alta afinal de contas.
Tratou-nos a pão de ló, serviu-se frios, deu conselhos e ainda insistiu:
"leva esse livro, meu filho"(emprestou, mas fez questão de pôr o próprio nome e telefone na contra-capa).
Saímos era dia alto, atrasados pro próximo compromisso...
O livro é ótimo, os dois.
Telonios
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