Ele derramava versos, de amor, sempre. Às vezes rancor também.
Já viu vir um, sem o outro?
Esqueço que amar é quase...
... é quase sexo, mas sem carne.
Há dias não pensava em outra coisa, nem em todas as outras coisas, que pairam por aí sem o perfume muito da uma moça, e só dela moça mesma; mesmo, ímpar.
Aguardava (aguardavam?) espremido de ansiedade o dia que era o tal. De perdões, confissões e, tudo caminhando segundo um sonho, conclusões.
Não uma dessas que se concluem e findam. Essa não! A outra.
Não "a outra", aquela uma, daquela noite. Essa não! Ela.
Longas foram as noites que passaram sem ela, e aí veio o dia. Sempre vem, né?
Custou, mas veio. Veio, mas não direto.
Indireto, mas indescritivelmente certo.
Sem falhas, sem equívocos, sem pressa, prá não perder a deixa.
Sem melodia, sem palavra, prá não perder o valor.
Valeu? Valeu.
Deixar não deixou, mas não perdeu a deixa, e isso bastou.
Uma linha invisível que ainda anda tesa, tensa, suspendendo o infinito num beijo.
Telônios
Nenhum comentário:
Postar um comentário